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Científico-Musicais
Dossier M-8
Este artigo está escrito em Inglês. O texto trata de trazer à luz a primeira experiência brasileira no domínio da “música algorítima”com auxílio de um computador. Jorge Antunes explica como compôs a obra intitulada Music for Eight Persons Playing Things, na Holanada, em 1971, com auxílio do Computador Eletrologica X-8, da Universidade de Utrecht. Usando o programa Project 2 de Gottfried Michael Koenig, ele construiu toda a estrutura da composição musical, que é escrita para um grupo de músicos que tocam objetos comuns, tais como: garrafas de vidro e de plástico, tampas de lixeira, tubos de ferro, tubos de papelão, papéis, porcas, parafusos, vasilhames de plástico, extintores de incêndiao, tambores de gasolina, etc.
Anadiplose e Epizeuxe
Este trabalho dá seguimento às pesquisas do autor no domínio da linguagem da música eletroacústica. A base do trabalho está na constatação prévia de que “o ato de ouvir música está sempre acompanhado de grafismos inconscientes que a mente e o intelecto praticam em espaços imaginários”. Depois de uma primeira etapa da pesquisa em que foram estabelecidas as bases sonológicas de semantemas do tipo emoção forte e de novas unidades semânticas de conotação gráfico-espacial-temporal baseadas em recursos de linguagem voltados à comunicação, o autor voltou-se à busca do fenômeno da persuasão do discurso, ou seja, ao estudo da eloqüência na música eletroacústica. Concluiu-se da pertinência do estudo através da identificação, no contexto musical eletroacústico, de duas novas figuras de linguagem próprias da Retórica: a Anadiplose e a Epizeuxe.
Sectio Aurea na Música Eletroacústica
Neste trabalho, Jorge Antunes trata de seus estudos realizados no domínio formal e estrutural da música eletroacústica, em particular daquela de discurso sequencial em gradação. Nessa categoria, peças eletroacústicas se desenvolvem no tempo, com exposições de sucessivos e esporádicos pontos culminantes. Além do estudo do tema, no presente artigo ele relata experiência que demonstra a eficácia da divisão áurea na construção temporal da obra, tendo em vista a comunicabilidade da mensagem musical.
A repetição e a eloquência eletroacústica
Este trabalho avança no estudo dos recursos retóricos utilizados na música eletroacústica, especialmente naquele que faz uso da figura sintática chamada epanalepse, própria da literatura e do discurso verbal. Para ilustrar o estudo são analisados trechos de duas obras eletroacústicas: uma obra do brasileiro Tim Rescala e outra do canadense Francis Dhomont.