Artigos
Política Nacional
Mercado de Trabalho
Este texto, que foi publicado no jornal O Globo, é uma outra versão do artigo intitulado “Dinheiro para a saúde: de onde tirar”. Nele o articulista defende a liberação dos cassinos, como importante meio de abertura de mercado de trabalho para os músicos.
Criatividade na escola e música contemporânea
Artigo publicado em 1990 no primeiro número da revista ATRAVEZ, Caderno de Estudos, Educação Musical nº 1. A revista era dirigida pelo musicólogo Carlos Kater. Este texto de Jorge Antunes foi uma conferência por ele ministrada em Brasília, em 1974, quando de sua contratação pela Universidade Brasília, numa série de palestra sobre Educação Musical promovida pela Secretaria de Educação e Cultura do Distrito Federal. O Secretário, na época, era o Embaixador Wladimir Murtinho. O texto se difundiu rapidamente, porque nele Antunes faz críticas aos tradicionais métodos de Educação Musical, e propõe uma nova metodologia voltada ao conhecimento da música contemporânea. O texto passou a ser fonte primária obrigatória e bibliográfica em todos os cursos de mestrado e doutorado dos Departamentos de Músca das Universidades brasileiras e do Conservatório Brasileiro de Música.
Praia do Flamengo 132
Depoimento de Jorge Antunes sobre o Instituto Villa-Lobos, publicado no número 3 da revista Ensaio, Edições Muro, 1980, coordenada por Yan Michalski. No texto Antunes faz um relato sobre sua participação como professor e pesquisados no IVL, dos choque de gerações no corpo docente e do drama vivido por ele e outros colegas quando da decretação do AI-5, pela ditadura militar.
Pelo direito de Deseleger
Este artigo é uma outra versão do texto intitulado “Deseleger deveria ser um direito do povo brasileiro”. Esta versão foi publicada no jornal Correio Brazilieense, seção Opinião, página 17, na edição de 9 de Janeiro de 2010. Nele Jorge Antunes defende a inclusão, na Carta Magna brasileira, de um direito novo para o povo brasileiro: o plebiscito revogatório.
A existência humana e sua vocação infanticida
Este texto é a introdução, ou prefácio, que Jorge Antunes escreveu para o livro “A lógica dos devassos” de Ezio Flavio Bazzo, psicólogo e escritor com vasta produção literária. Ezio costuma escrever sobre temas pouco abordados pelos escritores: histeria, perversão, mendicância, putas, assassinos, pedófilos, sádicos, masoquistas, pederastas, proxenetas. Em geral, em seus livros, ele chega à conclusão de que todos querem se vingar de agressões sofridas na infância e que a inveja é o grande mal. Antunes escreveu o texto que abre o livro A lógica dos devassos, analisando um dos temas principais tratados no livro de Ezio Bazzo: a questão do infanticídio, prática recorrente desde os tempos bíblicos, passando pela antiguidade, até os dias atuais.
Temporada de Caça
Este texto de Jorge Antunes trata da compra feita, pelo governo brasileiro, de 36 caças a serem incorporados à Força Aérea Brasileira. A compra vai fazer com que o Brasil assuma uma dívida de 17 trilhões de reais. Antunes, neste texto, critica a compra, lembrando que o preço de uma única aeronave –e não das 36– daria para sustentar uma orquestra sinfônica por alguns anos.
República, Hino e Copa do Mundo
Neste artigo, Jorge Antunes trata do Hino de Portugal composto por Alfredo Cristiano Kiel (1850-1907) em 1890. O hino foi escrito em resposta ao Ultimatum britânico, sobre as pretensões portuguesas de ocupar os territórios entre Angola e Moçambique. O compositor português Cristiano Kiel morreu em 1907 sem imaginar que três anos depois a República seria proclamada e que seu hino viria a ser apropriado pelos republicanos para tornar-se o hino nacional. Com um texto divertido, Antunes relata a história do hino, sempre cantado pela seleção de futebol de Portugal durante as Copas do Mundo, e que tem letra de Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931).
Renúncia?
Este é o único artigo de Jorge Antunes que nunca foi publicado. Foi escrito em 2016 quando a presidenta da República Dilma Rousseff era ameaçada de impeachment, e alguns sugeriam que ela renunciasse. Os jornais Correio Braziliense e Folha de São Paulo se negaram a publica-lo. No texto Antunes faz um histórico dos casos de renúncia de políticos brasileiros, desde 1961 com Jânio Quadros. Antunes conclui ser impossível a renúncia da presidenta, dizendo que “Dilma não está preocupada com Dilma. Dilma não está preocupada com uma boa saída para Dilma.” O artigo encera com a afirmação de que “… a magnanimidade e a altivez dela a fazem bem mais preocupada com o Brasil e nosso futuro democrátic,o do que com ela própria.”
Povo sem Autonomia
Neste artigo Antunes analisa a crise política vivida no Distrito Federal, no momento em que denúncias de suborno de políticos locais eram escancaradas em filmes clandestinos divulgados pela imprensa. O povo do Distrito Federal perdera sua autonomia. Os poderes legislativo e executivo estavam tomados por corruptos. A intervenção federal chegou a ser hipótese aventada na oportunidade.
Plínio o novo, o Elefante e o velho Chico
Este artigo foi escrito durante a campanha presidencial de 2014, quando Plínio de Arruda Sampaio foi o candidato do PSOL. No texto Jorge Antunes critica a posição de Plínio que, em declaração pública, disse: “… não vou andar em cima de um elefante na avenida Getúlio Vargas para atrair público para a panfletagem.”
Antunes diz que para atrair público, para a panfletagem e para os comícios, a militância pode e deve andar em cima de cavalos, mulas, carroças, elefantes, carros de som, tanques, palanques, camelos e tudo mais em que se possa ficar em cima. Indico uma única exceção: muro. Antunes defende a estetização da política, defendendo a ideia de que é necessário combater a terrível sisudez ideológica, panfletária e revolucionária.
ONU ganha cadeira no Conselho de Segurança do Brasil
Este texto ironiza o fato de o Brasil pretender contar com uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, alimentando esperanças com o aval, para tanto, do presidente dos Estados Unidos. O título do artigo se refere ao fato inverso, pois que em 2012 a ONU deu início à construção de sua sede própria em Brasília.
O Conjunto da Obra
Esse artigo foi escrito em 2016, no momento em que havia alguma esperança de a presidenta Dilma Rousseff não sofrer impeachment. Ainda existia a possibilidade de alguns senadores mudarem seus votos. A expressão “conjunto da obra”, passou a ser bastante usada, para se referir à história de vida de políticos. Nesse texto Jorge Antunes rememora as histórias de vida de Dilma Rousseff e de Michel Temer, lembrando que a expressão “conjunto da obra”, aplicada a políticos, é coisa inusitada, porque ela sempre foi usada unicamente para se referir à produção de artistas.
O ativismo político na música erudita
Este artigo foi escrito em 2012 por encomenda da Revista Continente. Nele Antunes faz um histórico das manifestações artísticas envolvidas com o protesto social e a irreverência, desde o rap até a música erudita e a música popular em geral. Mas enquanto as inovações musicais de protesto surgiam, o mercado e os meios de comunicação do capitalismo tratavam de recuperar as produções ousadas, transformando-as em produto comercial, esvaziando seus discursos. No texto, Jorge Antunes conclui que a música erudita de vanguarda escapa dessa armadilha do mercado. A música erudita moderna e de vanguarda é a única vertente musical que resta, ainda hoje, não recuperada pelo sistema. Assim, ela passa a ser, ou a continuar a ser, o único suporte capaz de dar credibilidade a mensagens extra-artísticas de cunho social ou político.
Há 70 anos
Neste texto, escrito em 2017, Jorge Antunes rememora o ano de 1947, quando o PCB (Partido Comunista Brasileiro) teve seu registro cancelado. Colocando na pauta a situação de há 70 anos, o articulista lembra da constante ameaça que o conservadorismo ainda hoje pratica. Com o cancelamento do registro do PCB, em 1947, foram cassados os mandatos de importantes figuras históricas, tais como as do então senador Luis Carlos Prestes e dos deputados Jorge Amado, João Amazonas, Carlos Marighela, Maurício Grabóis, Gregório Bezerra, Joaquim Batista Neto, José Maria Crispim e Osvaldo Pacheco.
Governos do DF chefiando assassinos de trabalhadores
Neste texto, Antunes rememora o dia 6 de outubro de 2000, quando a polícia do Distrito Federal matou o trabalhador Gildo, funcionário do SLU (Serviço de Limpeza Urbana). O assassinato aconteceu durante repressão a um movimento grevista. Na autópsia do corpo do líder sindical, verificou-se que ele levou um tiro pelas costas. Gildo tinha 33 anos. Deixou esposa e dois filhos, uma menina de um ano e um menino de três. O artigo aponta para a culpa de diferentes governadores do Distrito Federal, que nunca conseguiram dialogar com os trabalhadores, sempre preferindo a intolerância e a repressão.
Madraçais, lixeiras e lamaçais: as distâncias conturbadas entre a ética, a moral e a lei
Neste artigo Jorge Antunes analisa as decisões da Justiça, que tem absolvido muitos acusados de ilicitudes. O foco do texto é o julgamento do ex-reitor da UnB, o Prof. Timothy Mulholland, que tem sido seguidamente inocentado nos processos. Ao final das contas, verifica-se, conclui o articulista, que há uma grande confusão entre ética, moral e lei. Como a Justiça só avalia os atentados às leis, os atentados à ética e à moral ficam esquecidos.
Dinheiro para a Saúde: de onde tirar?
No artigo Antunes defende a reabertura dos cassinos, como forma de recolher impostos suficientes para resolver problemas básicos da população. O articulista faz um histórico sobre o mercado de trabalho para os músicos, no tempo em que os cassinos funcionavam. Relembra os músicos e as orquestra famosas que trabalhavam nos cassinos, tais como Guerra Peixe, Moreira da Silva, Waldir Calmon, Pixinguinha e tantos outros. Jorge Antunes lembra que os impostos vultosos dos cassinos podem ser bem fiscalizados, e podem, assim, atender as necessidades básicas de Saúde e Educação de nossa gente. Os cassinos, além disso, ampliariam o mercado do turismo e abririam novas e inúmeras vagas de trabalho direto e indireto.
Diez por ciento del pibe
Neste artigo Antunes critica o projeto que determina destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação. Segundo o articulista, para a Educação deveria ser destinada toda a verba de que a Educação precisa. Ou seja, o investimento em Educação nunca deveria diminuir, quando o PIB diminuísse. De modo irônico, Jorge Antunes faz um jogo com as palavras PIB e “pibe”, para demonstrar o desprezo que governos dedicam aos nossos jovens: nossos “pibes”.
Deseleger deveria ser um direito do povo brasileiro
Neste artigo Jorge Antunes defende a inclusão, na Constituição brasileira, de cláusula permitindo a revogação de mandatos eletivos: o referendo revogatório, ou voto destituinte. Ou seja, segundo Antunes o povo deveria ter o direito de cassar os mandatos de presidentes, deputados, vereadores e senadores que, não cumprindo com suas obrigações de representantes do povo, fossem traidores, falsos e ineptos. No histórico dessa figura de prática da democracia, Antunes lembra que a vontade majoritária e soberana do povo era respeitada há 2.150 anos, quando Tibério pediu uma votação popular que destituiu Otávio. O articulista relata como a prática é realizada em alguns países nos dias atuais.
Anita fala por mim
Neste artigo Jorge Antunes critica, de modo revoltado, um programa de TV feito pelo PCdoB, em que a figura de Olga Benario é exaltada dando a entender ter sido ela militante do partido. Olga não foi militante do PCdoB: ela foi militante do Partido Comunsta, que não tem nada a ver com o partido dissidente, e que, hoje, adota posições de direita conciliadora de classes. Anita Leocádio Prestes, filha de Olga e Prestes, divulgou uma carta aberta à direção do PCdoB que condena, com fundamento e propriedade, o fato de Olga ter sido mencionada no programa televisivo. No presente texto Antunes transcreve trechos da carta de Anita.