Biografia

Político Cultural

Sempre teve intensa atividade cultural e política, desde os tempos de estudante no Rio de Janeiro, liderando ou participando de movimentos importantes da história recente brasileira: Greve do Um Terço (1962); Movimento Poema-Processo (1967); Movimento das Diretas, com sua famosa Sinfonia das Buzinas (1984); Hino Nacional Alternativo, na Constituinte (1988); Um Minuto de Dó pela Paz (contra a invasão do Iraque pelos EUA) (2003) etc.

Político Cultural

JORGE ANTUNES é professor aposentado da UnB, onde atualmente é Pesquisador Sênior, atuando na Pós-graduação do Departamento de Música. Ingressou no corpo docente do Departamento de Música em 1973. É maestro e compositor de reconhecimento nacional e internacional, e seu nome é verbete nas mais importantes enciclopédias (Larousse, Grover’s, etc). É apontado como líder da vanguarda brasileira no domínio da música erudita contemporânea e como precursor da música eletroacústica no Brasil. Seu nome está registrado no Aurélio e no Houaiss, no verbete música cromofônica, como criador dessa corrente estética.

Antunes fez Pós-Doutorado nos Ateliers UPIC, de Paris, em pesquisa orientada por Iannis Xenakis e Claude Lévis Strauss. É Doutor em Estética pela Sorbonne, Université de Paris VIII. Seu Mestrado foi feito no Instituto Torcuato Di Tella de Buenos Aires, sob orientação de Umberto Eco e Alberto Ginastera. Tem três bacharelados, pela Universidade do Brasil, atual UFRJ: Física (FNFi), Composição e Regência (ENM) e Violino (ENM). Foi Pesquisador e Professor Visitante do Instituto de Sonologia da Universidade de Utrecht, Holanda, da Université de Paris VIII, Sorbonne, França, do Groupe de Recherches Musicales de l’ORTF, França, e da Universidade de Aveiro, Portugal.

Sempre teve intensa atividade cultural e política, desde os tempos de estudante no Rio de Janeiro, liderando ou participando de movimentos importantes da história recente brasileira: Greve do Um Terço (1962); Movimento Poema-Processo (1967); Movimento das Diretas, com sua famosa Sinfonia das Buzinas (1984); Hino Nacional Alternativo, na Constituinte (1988); Um Minuto de Dó pela Paz (contra a invasão do Iraque pelos EUA) (2003) etc.

Como administrador se projetou nos meios culturais quando foi presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, na primeira diretoria eleita do órgão após o fim da intervenção da ditadura militar. Como ecologista foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Amigos da Biosfera. Ganhou vários prêmios internacionais.

Em 2002 recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, da Assembléia Legislativa, e o título de Chevalier des Arts et des Lettres, do governo francês. É membro eleito vitalício da Academia Brasileira de Música, ocupante da cadeira nº 22. Seu catálogo inclui mais de 300 composições, escritas para as mais diversas formações: orquestra, óperas, coro, solistas, música de câmara e música eletroacústica. Suas obras são publicadas pelas mais conceituadas editoras e gravadoras internacionais. Tem 9 livros técnicos publicados e dezenas de artigos científicos em revistas especializadas. Atualmente é Presidente da Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica.

Sua atividade político-cultural em Brasília teve auge em 1984, quando compôs e regeu sua Sinfonia das Buzinas, também chamada SINFONIA DAS DIRETAS, engajado na luta pela redemocratização do Brasil que, na época, ainda vivia sob a ditadura militar. No início de 2010 voltou a se destacar nessa vertente de música engajada politicamente, com sua Ópera de Rua AUTO DO PESADELO DE DOM BOSCO, denunciando os políticos corruptos envolvidos com a Operação Caixa de Pandora. Militante da política partidária, foi Secretário Geral do PSOL-DF, Partido Socialismo e Liberdade, no periodo 2011/2013. Foi candidato, pelo PSOL, a Deputado Distrital em 2006, a Senador em 2010 e a Deputado Distrital em 2014.

Em 2014 recebeu anistia política e pedido de desculpas do Estado brasileiro, com indenização financeira, como reparação pela perseguição e injustiça sofridas por suas atividades políticas durante a ditadura militar.

Em 2016 voltou à vertente de música engajada politicamente, com uma nova Ópera de Rua: OLYMPIA OU SUJADEVEZ, denunciando os políticos corruptos e o golpe parlamentar de 2016.

Em maio de 2017, engajado contra as Reformas anti-povo do governo de Michel Temer, compôs a SINFONIA DOS DIREITOS, uma obra musical para declamador, grande conjunto instrumental, coro misto, orquestra de buzinas e sons eletrônicos. A obra, com 50 minutos de duração, foi apresentada em praça pública em 28 de maio de 2017.