Artigos
O Brasil pode orquestrar o mundo?
Este texto, que foi publicado na Folha de São Paulo, ganhou grande repercussão na época. Nele é criticada a ação do governo de São Paulo da época, que extiguiu a Orquestra Sinfonia Cultura, única orquestra brasileira que dedicava seu repertório totalmente à música brasileira. Ao mesmo tempo o autor lembra a pretensão do governo da época, que reivindicava assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Assim, Jorge Antunes perguntava: “–Pode um país sem orquestras, pretender orquestrar o mundo no concerto das nações?”
O Avanço da Produção Independente
Neste artigo o autor avalia o crescimento da chamada “produção independente” nas artes e, particularmente, na área musical. O texto, longo, foi dividido em duas partes pela Folha de São Paulo. Esta é a primeira parte do artigo. Defendendo a estratégia da “independência”, Antunes propõe ações mais radicais dos artistas, em busca de espaços, combatendo o conformismo. O compositor defende a ideia de que cada criador deveria lutar para ser possuidor de seu “pequeno poder”, de modo a não ser necessário ficar à mercê dos que manipulam a ele e ao público: mediadores, produtores, patrocinadores, programadores, atravessadores, etc.
Na casa de Gilberto Gil
Neste texto, Jorge Antunes avalia, de modo muito crítico e irônico, a reunião que Lula, então candidato à presidência da República, realizou com músicos populares, com o objetivo de conseguir apoio da classe artística. No artigo Antunes aponta para os resultados medíocres da política cultural implementada pelos Ministérios do governo Lula que, ao programar os eventos para o “Ano do Brasil na França”, abriu espaço apenas para a música popular e a arte comercial, discriminando a música erudita brasileira.
Mágicas estatísticas norteiam políticas culturais
Neste artigo Jorge Antunes critica as metodologias adotadas pelo IBGE, para suas pesquisas na área da economia da Cultura. Nas tabelas do IBGE estão itens estranhos que, segundo o Instituto, são relacionados à Cultura: datilografia, casamento, aluguel de cadeira de praia, curso de primeiros socorros, cópia xerox, taxa de instalação de interfone, curso de mecânica em refrigeração, computadores, telefones, artefatos para caça, reparação e aluguel de veículos automotores, pesquisa de ciências físicas e supervisão de joalheria. Segundo o articulista, a visão distorcida adotada resulta em conclusões errôneas no cálculo do PIB.
Cultura por um triz com um governo Cristovarrudoriz
Neste artigo, publicado no Correio Braziliense em 2011, Antunes analisa e critica as políticas culturais do governo do Distrito Federal. A mudança de governos, segundo o articulista, não apresenta inovações que determinem o tratamento da Cultura como setor estratégico. Como sempre, apenas a cultura de consumo ganha espaços e prestígio, em detrimento da arte erudita.
A Criminalização da Cultura no DF
A Criminalização da Cultura no DF Prof. Dr. Jorge Antunes Maestro, Compositor, Pesquisador do CNPq, Pesquisador Sênior da UnB – antunes@unb.br, Membro da Academia Brasileira de Música O oboísta ficou surdo. Isso aconteceu durante os ensaios da orquestra. A...
A Cultura, o IBGE e o MinC
Este texto é uma segunda versão do artigo intitulado Mágicas estatísticas norteiam políticas culturais. Nele, Jorge Antunes critica as metodologias adotadas pelo IBGE, para suas pesquisas na área da economia da Cultura. Segundo o articulista, a visão distorcida adotada resulta em conclusões errôneas no cálculo do PIB.
Dossier M-8
Este artigo está escrito em Inglês. O texto trata de trazer à luz a primeira experiência brasileira no domínio da “música algorítima”com auxílio de um computador. Jorge Antunes explica como compôs a obra intitulada Music for Eight Persons Playing Things, na Holanada, em 1971, com auxílio do Computador Eletrologica X-8, da Universidade de Utrecht. Usando o programa Project 2 de Gottfried Michael Koenig, ele construiu toda a estrutura da composição musical, que é escrita para um grupo de músicos que tocam objetos comuns, tais como: garrafas de vidro e de plástico, tampas de lixeira, tubos de ferro, tubos de papelão, papéis, porcas, parafusos, vasilhames de plástico, extintores de incêndiao, tambores de gasolina, etc.
Anadiplose e Epizeuxe
Este trabalho dá seguimento às pesquisas do autor no domínio da linguagem da música eletroacústica. A base do trabalho está na constatação prévia de que “o ato de ouvir música está sempre acompanhado de grafismos inconscientes que a mente e o intelecto praticam em espaços imaginários”. Depois de uma primeira etapa da pesquisa em que foram estabelecidas as bases sonológicas de semantemas do tipo emoção forte e de novas unidades semânticas de conotação gráfico-espacial-temporal baseadas em recursos de linguagem voltados à comunicação, o autor voltou-se à busca do fenômeno da persuasão do discurso, ou seja, ao estudo da eloqüência na música eletroacústica. Concluiu-se da pertinência do estudo através da identificação, no contexto musical eletroacústico, de duas novas figuras de linguagem próprias da Retórica: a Anadiplose e a Epizeuxe.
Sectio Aurea na Música Eletroacústica
Neste trabalho, Jorge Antunes trata de seus estudos realizados no domínio formal e estrutural da música eletroacústica, em particular daquela de discurso sequencial em gradação. Nessa categoria, peças eletroacústicas se desenvolvem no tempo, com exposições de sucessivos e esporádicos pontos culminantes. Além do estudo do tema, no presente artigo ele relata experiência que demonstra a eficácia da divisão áurea na construção temporal da obra, tendo em vista a comunicabilidade da mensagem musical.